28.2.08

e-jargon

~ Mário Quintana

DEFICIÊNCIAS :

'Deficiente' é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.
'Louco' é quem não procura ser feliz com o que possui.
'Cego' é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.
'Surdo' é aquela que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.
'Mudo' é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
'Paralítico' é quem não consegue andar na direcção daqueles que precisam de sua ajuda.
'Diabético' é quem não consegue ser doce.
'Anão' é quem não sabe deixar o amor crescer.

E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:
A amizade é um amor que nunca morre.

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~ Virginia Woolf


" Why are women ... so much more interesting to men than men are to women? "

25.2.08

WATCH OUT

WATCH THESE


ESOTERIC AGENDA (american version) :

Part1 > Part2 > Part3 > Part4 > Part5 > Part6 > Part 7 > Part8 > Part9 > Part10 > Part11 > Part12 > Part13


~ Kahlil Gibrain

Trust the dreams,
for in them is hidden the gate to eternity.


The Profet, Pan Books (1991), p. 109

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asia unfolding

termo de comparação

23.2.08

take me to the moon & let's dance...

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Senhora da Noite

(click on the photo to animate)

18.2.08

maya (o véu da ilusão)

" A mente é maya "

~ Ramana Maharshi

~ Eckhart Tolle


O estado presente da evolução espiritual da humanidade trata-se de um estado comparável a uma loucura colectiva, derivada da identificação egóica.
(...)
Esta percepção ilusória do eu é aquilo a que Albert Einstein se referiu como "ilusão óptica da consciência".
(...) O reconhecimento da ilusão é igualmente o seu fim. (...) Ao percebermos quem não somos, a realidade de quem somos emerge por si mesma.
(...)
A maior parte das pessoas ainda se identifica totalmente com a incessante corrente da mente, dos pensamentos compulsivos, a maior parte deles repetitivos e inúteis. (...) Isto é o que significa ser espiritualmente inconsciente.
(...)
Quando vivemos num mundo desprovido de abstração mental, deixamos de ser capazes de sentir a vitalidade do Universo. A maior parte das pessoas não vive numa realidade viva, mas numa realidade conceptualizada.
(...)
Ainda há muitas pessoas que vivem assim, como sonâmbulos, presas a antigos padrôes de pensamento disfuncionais que recriam permanentemente a mesma realidado de pesadelo.
(...)
Se as estruturas da mente humana permanecerem como estão, acabaremos sempre por recriar fundamentalmente o mesmo mundo, os mesmos males, a mesma disfunção.
(...)
"Eu sou a consciência que tem consciência que existe apego". Este é o princípio da transformação da consciência.

(disturbed) inner peace restored

Thanking You All for this Goodness
(compensating the enerving past 3 months) :
esta paz que transcende todos os desentendimentos

magnifi - scent

(click on the photo to animate)

14.2.08

~ Hamlet

Duvida que as Estrelas sejam fogo
Duvida que o Sol se mova
Duvida da verdade e da mentira
Mas nunca duvides que eu amo.

private

Thanks For All Your Valentines !

To All My Beloved ;-)

São Valentim

" Deus m'a livre ! " (dixit)

13.2.08

ox with giant horns

trauma

cybermode

12.2.08

just being (with) oneself



and two become one!

10.2.08

merci bien

...mas não era necessário tanta acrobacia ;-)

mãos ternas, dedos mestres, palmas de veludo...

Bem Hajam

~ Simone de Beauvoir

No one is more arrogant toward women,
more aggressive or scornful,
than the man who is anxious about his virility.

9.2.08

jantei com Amigos

tema da noite:
"nunca esteve à altura do que vos aconteceu"

8.2.08

LOSAR

7.2.08

~ André Malraux


O grande mistério não é termos sido lançados aqui ao acaso, entre a profusão da matéria e das estrelas: é que, da nossa própria prisão, de dentro de nós mesmos, conseguimos extrair imagens suficientemente poderosas para negar a nossa insignificância.

in A Condição Humana (1933)

Benares-Veneza-Havana-Native Colombia-Harlem and back in Chiado

globetrotting together

6.2.08

quatro séculos a pregar aos peixinhos

Padre António Vieira
06 Fevereiro 1608 (Lisboa) - 17 Junho 1697 (Baía)

«Imperador da Língua Portuguesa»
(Fernando Pessoa)



[...] Prouvera a vossa Divina Majestade que nunca saíramos de Portugal, nem fiáramos nossas vidas às ondas e aos ventos, nem conhecêramos ou puséramos os pés em terras estranhas! Ganhá-las para as não lograr, desgraça foi e não ventura; possuí-las para as perder, castigo foi de vossa ira, Senhor, e não mercê, nem favor de vossa liberalidade. Se determináveis dar estas mesmas terras aos piratas de Holanda, por que lhas não destes enquanto eram agrestes e incultas, senão agora? Tantos serviços vos tem feito esta gente pervertida e apóstata, que nos mandastes primeiro cá por seus aposentadores; para lhe lavrarmos as terras, para lhe edificarmos as cidades, e depois de cultivadas e enriquecidas lhas entregardes? Assim se hão de lograr os hereges e inimigos da Fé, dos trabalhos portugueses e dos suores católicos? En queis consevimus agros! "Eis aqui para quem trabalhamos há tantos anos!"

Mas pois vós, Senhor, o quereis e ordenais assim, fazei o que fordes servido. Entregai aos holandeses o Brasil, entregai-lhes as Índias, entregai-lhes as Espanhas (que não são menos perigosas as conseqüências do Brasil perdido); entregai-lhes quanto temos e possuímos (como já lhes entregastes tanta parte); ponde em suas mãos o Mundo; e a nós, aos portugueses e espanhóis, deixai-nos, repudiai-nos, desfazei-nos, acabai-nos.

Mas só digo e lembro a Vossa Majestade, Senhor, que estes mesmos que agora desfavoreceis e lançais de vós, pode ser que os queirais algum dia, e que os não tenhais.
[...]

(in "Sermão pelo Bom Sucesso das Armas de Portugal contra as de Holanda", Padre António Vieira)

4.2.08

(também) quase vinte anos depois...


Aperaltada de uma celebração que acabara mais cedo do que previra, estivera ainda em cavaqueira boémia com amigos na 'Brasileira' (do Chiado) e fazia tempo para ir a um outro jantar de cerimónia. Absorta em mim mesma, apeteceu-me ler um pouco e escolhi o refúgio confortante da 'Bertrand'. Sentei-me naquele cadeirão de canto sem notar em absolutamente mais nada para lá da distância de cada livro que folheava ou lia de relance... e assim fiquei até quase a livraria encerrar.

Saí para apanhar um táxi mas ainda não tinha chegado à esquina quando alguém (que me avistara ou me esperava à saída) atravessa a rua Garrett desde o outro lado do passeio dizendo: "A Senhora desculpe mas..."

Olhei. Reconhecemo-nos de imediato. Não escondi a surpresa e não fui capaz de conter a alegria. Abraçamo-nos. Olhamo-nos de seguida, cara a cara, sem nada dizermos. Sorrimos mútuamente e começamos a falar apressadamente, querendo contar tudo e perguntar quanto mais. Impossível. Julgo que a última vez que nos víramos fôra em 1989-90.
Vimo-nos 4, 5 ou 6 vezes na vida? De cada uma dessas vezes, espaçadas e casuísticas, o tempo parava para qualquer que fossem os nossos deveres de então pois falavamos, falavamos, falavamos e continuavamos a falar até à mesa de qualquer restaurante onde por fim nos reabastecíamos petiscando qualquer coisa!

Lembro esse último encontro, que depois de tanto falarmos, e depois de jantarmos em mais um restaurante, seguimos até sua (então nova) casa: que eu não conhecia e que ainda não me mostrara. Paredes forradas de estantes de livros, como só anos mais tarde encontrei em casa de outrém em Londres. Lembro como se agora fosse que fui tirando livros dessas prateleiras e sentados no chão continuamos a conversar sobre todo esse mundo letrado.
Sempre fomos intímos no mundo das ideias (que partilhavamos) e dos ideais (que confessavamos ou questionavamos em voz alta). Fisicamente, que eu me lembre, nunca nos envolvemos. "Não nos precipitamos a esse ponto" (julgo). A química era então canalizada de forma verbal ainda que sempre com inuendos (implícitos e explícitos)...

Por essa altura preparava-se para escrever um livro. Lembro-me de o "termos escrito" nessa mesma noite enquanto falavamos sobre todos os temas (capítulos) que pretendia abordar e incluir "nessa obra". Não dormimos a conversar. Assim sempre era.

Hoje diz-me que depois dessa data já escreveu mais de 40 livros (não percebi se todos publicados) e que desenha e pinta (tal como eu lho antevira...).
Mostrou-me o catálogo da última exposição que fez: li na contracapa o seu percurso ("de hobbie") artístico. Vi cópias de algumas das suas fotografias em exibição sobre Benares e Veneza. Aí fotografou pormenores que se alguma vez eu tivesse visitado esses mesmos lugares certamente os fotografaria também.

Falava comigo, andando em meu redor. Eu continuava parada, no mesmíssimo sítio, ainda à esquina da 'Bertrand'. Ouvia-o. Tentei responder a quanto me perguntava e deliciava-me tudo o que fomos c-o-m-u-n-i-c-a-n-d-o. Olhava-o enquanto me contava tanta coisa. Trajava a idade do Homem que já é mas fisionómicamente não envelheceu: parecia ter ainda os mesmos vinte e tal anos... Disse-lho. Riu-se e retorquio com um piropo. Corei e disse-lhe que afinal deveríamos estar a precisar de usar óculos. Rimo-nos os dois. Gargalhamos mesmo.

O telemóvel começou a fazer barulho regularmente. Não atendeu. Resmungamos e confessamos atropeladamente o quanto detestamos os ditos. Ambos só usamos telemóvel há menos de um ano, e muito contra nossa vontade. Rimo-nos de novo e apeteceu-nos deitar fora os mesmíssimos no acto.
Leu as sms, olhou para o relógio e lamentou o jantar já marcado. Perguntou-me até quando estaria por cá. Certamente não gostou do que ouviu e murmurou apenas um "logo se verá...". Deu-me o seu cartão, li que exerce funções de Adido de Imprensa algures e combinamos ir tomar um café "muito em breve" (frisou). Parou a meio da frase seguinte e insistiu em que eu lhe desse também o meu contacto telefónico. Dei. Telefonou-me de imediato, certificando-se que tinha mesmo o meu contacto... Pasmei! Piscou-me o olho e lembrou-me que eu nunca lhe dera qualquer meu contacto... Gravou o número de imediato, confirmou o nome, corrigi-o e disse-lhe o meu verdadeiro nome pela primeiríssima vez. Entreolhámo-nos... tentou beijar-me mas parou à distância de nossos narizes e da intensidade desse mesmo olhar custoso de quebrar.

Seguimos viagem: cada um para o seu jantar agendado.
Costas com costas, ele desceu e eu subi a rua Garrett.
No dia seguinte acordei com a sua primeira sms: "Como faço para te enviar um raminho de rosas ?"

1.2.08

Evocação do Centenário do Regicídio


Homenagem presencial de muitos dos mais nobres traços fisionómicos do masculino português. Também presentes muitos ingleses, meus vizinhos em Londres.